Aprovação de greve dos professores reabre diálogo com a Prefeitura de Caucaia

Foi realizada na tarde de ontem (11/03) reunião entre representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Caucaia (Sindsep), da Prefeitura de Caucaia e da Câmara Municipal. O encontro, articulado por vereadores, teve o objetivo de mediar a situação dos professores do município, que aprovaram a realização de greve geral a partir da próxima quinta-feira (14/03).

Na oportunidade, após muito debate, os representantes da gestão Naumi Amorim propuseram a realização de uma nova reunião deste mesmo grupo na próxima sexta-feira (15/03). Neste dia, seriam apresentadas as planilhas financeiras da cidade, o que não foi feito até o momento, para avaliação dos representantes sindicais e do parlamento local. Após este dia, uma nova rodada de conversa aconteceria no dia 20 de março, para apresentação de nova sugestão da Prefeitura.

Os gestores do município chegaram a pedir a suspensão da greve até a realização do encontro desta sexta-feira, mas, em respeito à decisão dos professores da cidade, o Sindsep mantém a abertura da greve no dia 14 de março, às 8h, na Praça da Câmara, quando, logo no início da atividade, será realizada assembleia geral dos profissionais do magistério, que deliberará sobre estas novas promessas de diálogo.

“Dessa forma, informamos que é muito importante a presença de todas e todos no movimento da próxima quinta-feira, primeiro dia de greve, para que juntos e juntas mostremos nossa força para a classe política de Caucaia, que precisa respeitar os direitos dos professores”, avalia Maria Santos, presidente do Sindicato.

A dirigente lembra que esta reunião só aconteceu e novas propostas de mediação surgiram após a pressão feita pelo anúncio de greve, que repercutiu na cidade e na imprensa cearense.

Problemas enfrentados pelos professores de Caucaia:

  • Falta de profissionais para o funcionamento básico das escolas e creches – faltam merendeiras, porteiros, auxiliares de sala, cuidadoras e professores;
  • Falta gás de cozinha em diversas escolas;
  • Falta energia elétrica em diversas escolas;
  • Ameaça de desabamento de quadras e até desabamento de teto de sala de aula;
  • Falta de segurança mínima nas escolas, vítimas de constantes assaltos;
  • Salas de aula superlotadas;
  • Não pagamento do reajuste aos professores de 4,17%, que deveria ter sido aplicado em janeiro de 2019;
  • Não cumprimento do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos Magistério, o que leva a professores estarem com três promoções em atraso;
  • Não pagamento da ascensão funcional dos professores que concluíram graduações e especializações – são dois anos em atraso;
  • Não pagamento de auxílio transporte para todos os trabalhadores que precisam. Atualmente somente professores recebem.
  • A Prefeitura pratica ações de perseguição contra servidores e a entidade sindical que os representa, dificultando a organização dos trabalhadores
  • Não pagamento do direito de 1/3 de férias a 153 professores que ingressaram no serviço público através do concurso de 2016.