O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Caucaia (Sindsep) realizou, junto à Câmara Municipal, Audiência Pública sobre a Campanha Assédio Moral – Eu Digo Não. O evento aconteceu na manhã desta quarta-feira, 14 de novembro. Em debate, a necessidade de medidas de combate a esta prática no serviço público municipal de Caucaia.
Na oportunidade, coube a presidente do sindicato, Maria Santos, apresentar o conteúdo da mobilização. A dirigente disse que todos os locais de trabalho do município estão sendo visitados, no sentido de fazer chegar informações para fortalecer medidas de enfrentamento do assédio moral. “Demos visibilidade com adesivos, cartazes, camisas e folders, pois o assediador também se inibe quando o tema está presente e ao alcance dos olhos, ao mesmo tempo, com esse aparato, damos forças para que a categoria denuncie as violações sofridas”, comentou.
Maria falou ainda sobre duas outras campanhas do Sindsep, a que trata da luta por melhores condições de trabalho, citando a falta de equipamentos e materiais para os servidores trabalharem, e o enfrentamento à insegurança nas repartições públicas, levando os trabalhadores a serem vítimas de diversos tipos de violência.
Por sua vez, Enedina Soares, também dirigente do sindicato e presidente da Federação dos Trabalhadores no Serviços Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce), apresentou em detalhes o passo a passo para se combater o assédio moral no trabalho. Ela também trouxe o relato sobre uma série de denúncias recebidas pelo sindicato, que incluem situações constrangedoras impostas por peritos do Instituto de Previdência do Município e o que a categoria vem chamando de supervisões excessivas, caso mais comum na pasta da saúde. Segundo a sindicalista, os funcionários deste setor são um dos grupos que mais sofrem assédios.
A Câmara Municipal também deve acompanhar e ser uma parceria da entidade laboral na pressão não só para inibir o assédio, mas também cobrando da prefeitura um conjunto de ações que possa dar fim às práticas citadas, haja vista que os assediadores são muitas vezes superiores, ou seja, pessoas em cargo de gestão ou em comissão. O Sindicato lembrou que uma política municipal de combate ao assédio moral é uma das principais reivindicações colocada ao longo dos anos na mesa de negociação com o Executivo Municipal.
