Campanha Novembro Azul orienta como combater o câncer de próstata


17 de novembro é o dia mundial de combate ao câncer de próstata, que atinge grande parte da população masculina e, mesmo assim, ainda é um tema que enfrenta muitas barreiras. Quase 50% dos brasileiros nunca foram ao urologista e, em 2014, a projeção é de que 12 mil vão morrer da doença em função da descoberta em estágio avançado. 




Preocupado com a saúde do homem, o Instituto Lado a Lado pela Vida criou, em 2008, a campanha Um Toque, Um Drible, que tem o objetivo de promover uma mudança de paradigmas em relação à ida do homem ao médico para a realização de exames preventivos. A campanha permanece ativa durante o ano todo e, em novembro de 2012, a campanha passou a se chamar Novembro Azul, que se tornou referência na missão de orientar a população masculina a cuidar melhor da saúde. 


O público-alvo da campanha, que é realizada durante o ano todo e tem seu ápice no mês de novembro, são homens a partir de 40 anos de idade e grupos que participam do processo de prevenção e cuidados, como familiares e parceiros.


Para quebrar esse preconceito, o objetivo é informar a população por meio de ações interativas, além de conscientizar sobre a importância da realização dos exames periódicos relacionados ao câncer de próstata, que é o segundo mais recorrente em brasileiros, perdendo apenas para o câncer de pele.


Saiba como se precaver contra o câncer de próstata:


O câncer de próstata não pode ser prevenido, mas há 90% de chances de cura quando diagnosticado precocemente. Assim, realizar exames periodicamente é a melhor maneira de se prevenir contra a doença. Sociedades médicas recomendam que homens a partir dos 50 anos façam o exame de próstata anualmente, e acima dos 40, caso esteja inserido nos fatores de risco. 


O ritual compreende o toque retal e o exame de sangue, para checar a dosagem do PSA (antígeno prostático específico). Havendo alguma suspeita, o paciente deve se submeter à biópsia da próstata. O toque retal é considerado indispensável e não pode ser substituído pelo exame de sangue ou por qualquer outro exame, como o ultrassom. Somente com o resultado dessa análise do tecido é que poderá ser fornecido o diagnóstico.


Abaixo, algumas dicas de como se preparar para conversar com o seu médico.

1. Escreva todos os sintomas que está sentindo, mesmo que não pareça estar associado à razão principal da consulta médica. Caso não sinta absolutamente nada, mas esteja na faixa etária dos 50 anos, não deixe de fazer a consulta. Ela é importante para que você faça os exames preventivos

2. Faça uma lista das medicações que você usa, incluindo vitaminas ou suplementos alimentares.

3. Convide um amigo ou parente próximo para ir com você ao médico. Isso será importante para ajudá-lo a lembrar de tudo o que for discutido.

4. Se tiver resultados de exames feitos recentemente, leve-os. Podem ser uma referência importante na hora de o médico levantar o seu histórico.



5. Avise o médico se houver pessoas na sua família que tiveram câncer de próstata. Menos de 10% dos cânceres de próstata têm algum componente hereditário. 


 


Conheça os exames diagnósticos:


Exame de toque retal: é utilizado para diagnosticar qualquer anormalidade na próstata. De acordo com os especialistas, o exame do toque retal deve ser realizado por homens acima de 50 anos. Dura aproximadamente 10 segundos, é simples e praticamente indolor, além de não afetar a masculinidade. É sempre recomendável e também fundamental para detectar o estágio da doença, bem como para definição do tratamento.

PSA (antígeno prostático específico): é a dosagem de uma proteína do sangue por meio de exame de sangue. O valor limite do PSA aceitável é abaixo de 4 ng/ml, porém podem existir tumores com PSA abaixo deste valor. Quando o PSA estiver acima de 10 ng/ml há indicação formal para biópsia. Para valores entre 4-10 ng/ml, deve-se também levar em consideração a velocidade do PSA e a relação PSA livre/total.

Ultrassom transrretal: pode ser usado para orientar a biópsia da próstata. Também poder ser útil na determinação do volume prostático e para avaliar a extensão local da doença.

Cintilografia óssea: é fundamental na identificação do estágio do câncer da próstata, sendo altamente sensível, porém pouco específica. É indicada em todo paciente portador de câncer da próstata com PSA > 20ng/ml e PSA entre 10-20 com graduação histológica de Gleason > 7.