10 mil trabalhadores tomaram as ruas do Centro de Fortaleza na manhã desta sexta-feira, 16 de setembro, na sétima edição da Marcha dos Servidores Municipais.
Com o tema “Servidores em Luta – Contra o Desmonte dos Municípios e dos Direitos” a atividade mobilizou servidores municipais, estaduais e federais de todo o Ceará, assim como profissionais de outras categorias e integrantes de movimentos sociais do campo e da cidade.
Num grito unificado, essa diversidade de atores marchou contra os projetos de lei que podem destruir as garantias dos funcionários públicos, contra as reformas trabalhista e da previdência e contra o uso desestruturação do patrimônio das cidades durante as eleições.
A Fetamce e parceiros chamaram os brasileiros para a resistência popular contra medidas do Governo Federal, do Congresso, do Governo do Ceará e das prefeituras
Entra as medidas que a Marcha combate, temos:
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Desmonte dos municípios: depredação e desestruturação do patrimônio municipal em período de eleições; -
PLP 257: congela salários, limita o crescimento das outras despesas, veda incentivos ou benefícios, suspende concursos públicos e eleva alíquotas de contribuição previdenciária dos servidores. -
PEC 241: congela o gasto público por 20 anos, também veda reajustes salariais, proíbe a criação de novos cargos ou funções, possibilita a dispensa de servidor, muda critérios de progressão e promoção de servidores, restringe a concessão de pensões, de aposentadorias por invalidez e de auxílio-doença e cria arrocho na concessão do abono do PIS/Pasep e do seguro-desemprego.
Outras propostas que podem provocar um retrocesso em pelo menos 100 anos nas conquistas trabalhistas são:
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PLC 30: amplia a terceirização para todas as funções; -
Reforma da Previdência: desestrutura o setor, acaba com aposentadorias especiais de professores e elevará a idade mínima para se aposentar, imediatamente, para 65 para homens e mulheres, impõe limites à aposentadoria dos trabalhadores rurais, acaba com a paridade de reajuste para trabalhadores na ativa e inativos e, a curto prazo, institui a idade mínima em 70 anos; -
Reforma Trabalhista: pretende flexibilizar a CLT, aumentar a jornada e diminuir salários, além de cortar direitos duramente conquistados, com a prevalência da negociação coletiva em detrimento das leis.
A marcha não só alertou a sociedade e unificou os movimentos de combate ao desmonte, mas deixará como resultado a montagem de uma “força tarefa” para combater não só a prática de depredação do patrimônio municipal durante e após as eleições, mas também para unir esforços contra a retirada de recursos financeiros e direitos dos trabalhadores, sejam servidores públicos das três esferas (municipal, estadual e federal) ou não.
Veja mais detalhes na reportagem da TV Fetamce: