Caucaia é palco de ato contra reforma da previdência nesta terça (5/12)


Os movimentos sindical e social realizaram ato da “greve geral” desta terça-feira (5/12) na cidade de Caucaia. O protesto repudia a reforma da Previdência, que é vista como o fim do direito à aposentadoria dos trabalhadores brasileiros.


 


Os manifestantes se concentraram em frente à Agencia da Previdencia Social no Centro e seguiram em caminhada pelas principais ruas da área comercial do município.


 


A atividade foi marcada por muita diversidade e resistência e ganhou a adesão de quem passava pelo movimento.


 


Para alcançar a reforma da Previdência, o Governo Temer precisa obter 308 votos necessários para a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) na Câmara dos Deputados. Sobre isso, os sindicatos prometem denunciar e finalizar a carreira política dos deputados que forem a favor da medida.


 


Recentemente, o Governo mexeu no texto da PEC, aceitando retirar as alterações propostas em pontos impopulares, como o benefício de prestação continuada (BPC) e a contribuição rural. Mas o fundamental da reforma, que é a idade mínima para aposentadoria em 65 anos para homens e 62 anos para mulheres e a equiparação de regras entre servidores públicos e iniciativa privada continuam e são vistas como “cláusulas pétreas” pelo ilegítimo Temer. Outras mudanças duram permanecem, como a redução das pensões por morte, que, pela proposta em tramitação, passarão a ser de 50% do valor da aposentadoria; 40 anos de contribuição mínima para se aposentar com benefício integral; tempo de contribuição mínimo de 25 anos para servidores públicos, para receberem uma aposentadoria correspondente a somente 70% da média salarial.


 


Os trabalhadores também criticam a publicidade sobre o tema espalhada pelo executivo nas redes de TV e rádio. Inclusive, no dia 30 de novembro, a Justiça Federal manifestou que viu ‘manipulação’ e suspendeu a propaganda do Governo sobre previdência, que ataca os servidores públicos como privilegiados, sendo que estudo apresentado pela CUT mostra que o funcionário público brasileiro ganha em média somente R$ 3 mil.


 


A mobilização em Caucaia faz parte da articulação da Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce) e do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindsep), que mostraram que se intensificou a mobilização e a pressão contra a medida classificada como anti-povo.


 


Veja mais detalhes na reportagem da TV Sindsep: