Servidores municipais de Caucaia entram em estado de greve


Em assembleia realizada ontem (24), os servidores municipais de Caucaia, dos Ensinos Médio e Fundamental, deliberaram entrar em estado de greve. A Prefeitura ainda não apresentou a estas categorias os planos de carreiras que prometera elaborar .Na próxima quinta-feira (31), a partir das 9h, na praça da Câmara Municipal, os servidores vão deliberar se a greve será deflagrada.


 


Durante a assembleia, os servidores mostraram-se frustrados com a falta de proatividade da gestão municipal em discutir com a categoria o plano de carreiras e implementá-lo em dezembro deste ano, como prometera no início do ano. Por unanimidade, foi deflagrado o estado de greve até a próxima assembleia, dia 31 de outubro. Da praça, os trabalhadores foram para a Secretaria de Finanças do Município, onde foi realizado um apitaço em frente à sede do órgão público.


 


Segundo Catarina Lima, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Caucaia, em abril, os servidores haviam entregue uma proposta do plano de carreiras ao secretário de Finanças. O plano foi protocolado. “Estávamos cientes de que esse não seria plano final, mas ele continha os anseios da categoria”, disse Catarina. Em junho, ela continua, o sindicato tentou saber como estava o plano do Município, mas, desde então, nem o secretário e prefeito têm desmarcado e evitado o sindicato.


 


Câmara Municipal


 


 Da Secretaria de Finanças, os manifestantes foram à Câmara Municipal pressionar a Casa Legislativa a cobrar da Prefeitura o plano de carreira. Os servidores tiveram voz durante a sessão e expuseram aos parlamentares a intransigência da Administração.


 


Os vereadores se comprometeram a assinar um ofício pedindo que o prefeito encaminhe o plano para a Câmara, o mais urgente possível, para que ele possa ser votado antes do recesso da Casa, depois do dia 28 de novembro. No ofício, os vereadores ficaram de ressaltar que, antes de chegar à Câmara, o plano seja discutido com os servidores.


 


Falta de diálogo


 


No dia 30 de agosto, o Sindicato foi à Prefeitura entregar suas pautas de reivindicação. Foram recebidos pelo chefe do gabinete que se comprometeu a enviar as mesmas ao prefeito, e a agendar uma reunião dele com o sindicato. Quase dois meses depois, ainda não houve retorno.


 


“ É desconfortante viver dentro do Município sem ter garantia, sem ter privilégio de nada”, desabafa Catarina, resumindo a insatisfação dos servidores municipais. “Não vamos aceitar um plano sem discussão com a categoria”, avisou.