Sindsep reafirma que ano letivo só começa se houver avanço nas negociações


O ano letivo não começa na rede municipal em 2016 se não houver avanço nas negociações da campanha salarial. Em assembleia geral de lançamento da pauta de reivindicações dos servidores municipais realizada no dia 15 de dezembro, os trabalhadores, especialmente da educação, decidiram voltar a se reunir em assembleia no dia 22 de janeiro, data prevista para o retorno dos professores às escolas, e debater um calendário de mobilização caso as demandas da categoria não sejam atendidas. O encontro acontece às 9 horas da manhã, no Grêmio de Caucaia (R Jose da Rocha Sales, 194 – Centro).


Entre as principais demandas da campanha salarial, estão os reajustes para as várias categorias que se organizam no serviço público. Os professores reivindicam 11,36 % de reposição salarial para todos os níveis de formação do grupo, o mesmo proposto pelo Ministério da Educação, que calculou o percentual através dos mecanismos da Lei do Piso Nacional do Magistério.


De acordo com a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Caucaia, Maria Santos, a entrega da pauta para o prefeito e secretários aconteceu ainda em dezembro de 2015 e desde lá busca uma a negociação das propostas apresentadas. “Não queremos chegar em fevereiro sem nenhuma definição, por isto se não houver uma proposta até o dia 22, vamos iniciar um calendário de mobilização a partir do dia 23 de janeiro”, explica. Ela reclama da falta de posicionamento do governo que até agora não deu resposta sobre os itens apresentados. “Estávamos dispostos a negociar durante o recesso”, acrescenta.


Maria Santos reitera que o evento oficial da categoria e aprovado em assembleia é o que está sendo convocado pelo Sindicato para o Grêmio de Caucaia. “É hora de nos unirmos e, em uma só voz, construímos a luta pelos nossos direitos”, destaca a presidente. O sindicato reforça que o encontro precisa ser realizado em um local que propicie o debate e onde possam ser criadas soluções estratégicas.


Ano turbulento


A presidente lembra que o ano começou turbulento para os servidores, marcado por atraso salarial. O Sindsep convocou a base e chegou a ser reprimido pela Guarda Municipal na portaria das Secretarias de Finanças e Administração. Também no início de janeiro, a entidade buscou a nova Secretária de Educação, Cláudia de Paula, para dar encaminhamento aos acordos estabelecidos ainda em 2015 de abono salarial para os trabalhadores da educação e pecúnia para professores ativos e inativos. Ao mesmo tempo, o sindicato conseguiu garantir, através de decreto, que nenhum servidor público receberia menos que um salário mínimo, já que com o reajuste do mínimo nacional, muitos funcionários ficaram com salário abaixo de R$ 880,00. “Viramos o ano em luta e prosseguiremos mobilizados até as nossas demandas serem alcançadas”, finalizou Maria Santos.