No dia 24 de março, o Sindsep já havia realizado uma reunião com esses profissionais para demonstrar suas perdas remuneratórias, devido ao congelamento salarial entre os anos de 2012 e 2017.
Essas perdas chegam a um percentual de 64,81%, haja vista que para todos os servidores efetivos e que ocupam cargo de Núcleo Gestor, recebem apenas 70% da remuneração integral do seu cargo. Também, para quem é profissional efetivo do magistério e está no núcleo gestor, tem a perda da regência de sala, o que corresponde a 15% do seu vencimento base. As remunerações específicas dos cargos variavam de R$ 660,00 a R$ 1.560,00. Porém, em janeiro de 2014, estas referências financeiras foram reduzidas, implantando pagamentos que variariam agora de R$ 360,00 a R$ 1.400,00. E o pior de tudo, os valores seguem congelados até hoje, em 2017. O que ameniza um pouco a situação é que os servidores do núcleo gestor recebem uma chamada gratificação de estimulo a gestão, que na maior referência chega a R$ 255,00.
De forma geral, a verdade é que tanto para o profissional contratado do Núcleo Gestor, como para o trabalhador de carreira, não há vantagem remuneratória. Os profissionais se queixam pelo excesso de trabalho e da responsabilidade de dirigirem às escolas, enquanto não recebem pagamentos condizentes com cargos supostamente de chefia. O que apenas os deixa bem desmotivados.
“O valor da remuneração está congelado desde 2012. Não bastando isso, ainda sofreu um corte de 20% em 2014. Precisamos que a atual Gestão e a Câmara Legislativa, avaliem a crítica situação desses trabalhadores”, levanta Maria Santos, presidente do sindicato.
Os vereadores se solidarizaram com a situação dos núcleos gestores e comprometeram-se a endossar a luta do Sindsep na valorização destes profissionais, para que a situação se normalize e estes trabalhadores tenham de volta a regência de sala, bem como tenham a remuneração do cargo comissionado corrigida, dando dignidade salarial para eles que ocupam a dura e difícil tarefa de dirigir, coordenar e secretariar as escolas municipais.
“Atualizar e devolver os valores da remuneração é necessário para que possamos valorizar a função desempenhada pelos núcleos gestores com tanto esforço”, afirmou Maria Santos.
